INFORMAÇÃO E SUAS TECNOLOGIAS

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quanto cabe em um yottabyte?

Em tempos de gigas e terabytes, empresas como a Google guardam alguns petabytes de informação. Mas isso não é nada perto do yottabyte que os Estados Unidos pretendem criar.

Armazenar dados é uma das principais necessidades modernas. Cartões de memória, discos rígidos, SSDs e uma infinidade de dispositivos são criados e comercializados diariamente com esse único propósito. A quantidade de dados existente é tão grande que a maioria das pessoas não consegue nem mesmo conceber a grandeza – composta basicamente por “0” e “1” – dessa informação toda.
Atualmente, graças às limitações da tecnologia disponível, o limite teórico para a capacidade de armazenamento de dados por um computador é um yottabyte. Para não assustar ninguém com números realmente enormes, com milhares de zeros depois dos primeiros caracteres, o Baixaki vai mostrar, neste artigo, o que exatamente é um yottabyte (YB).
Para começar a matar a curiosidade: o nome é derivado da nona letra do alfabeto grego – “I”, chamada iota.
A internet em um só lugar
iStockProvavelmente, se você tivesse um yottabyte disponível, não precisaria mais se preocupar com espaço para guardar tudo o que quisesse. Inclusive toda a informação disponível na rede mundial de computadores. Acredita-se que hoje, em 2010, todos os dados que compõem a web somem um zettabyte (ZB), que é a grandeza imediatamente inferior.
Para entender melhor isso, pense que um zettabyte está para o yottabyte, assim como o megabyte está para o gigabyte. Ou seja, para ocupar um yottabyte, são necessários 1024 zettabytes.
Uma conta “simples”
Certamente, uma das melhores maneiras de apreender o tamanho de um yottabyte é pensando em quantos arquivos podem ser armazenados ao mesmo tempo em uma unidade, certo?
iStockSeguindo uma escala crescente: em um HD de 1 terabyte (TB) é possível armazenar – em média –200 mil músicas em MP3. Para atingir o petabyte (PB), são necessários 1024 terabytes. A próxima base é o exabyte (EB), que comporta 1024 petabytes.
Logo depois está o zettabyte que você já conheceu, com 1024 petabytes. Em arquivos de MP3, essa conta toda equivale a aproximadamente 214.749.438.541.824 músicas. Isso mesmo: em um yottabyte cabem – literalmente – trilhões de músicas!
Em números
Sim, existe um número exato para um yottabyte. Não se assuste, pois ele é alto, e – na verdade – é até difícil de ler o valor corretamente. Mas aí vai: 1.208.925.819.614.629.174.706.176 Bytes. Arredondando, pode-se dizer que um yottabyte é igual a 1.000.000.000.000.000.000.000.000 de conjuntos de zeros e uns.
Como obter um yottabyte
A grande questão é : se todos os discos rígidos do mundo – hoje – juntos não conseguem armazenar essa quantidade de dados, qual é a maneira prevista pela NSA (“National Security Agency” – agência de segurança nacional) estadunidense para construir um datacenter capaz de guardar essa quantidade de informação? E quais os motivos que levam a agência a querer esse complexo informacional?
Sede da NSA em Maryland, Estados Unidos. Fonte: NSA
A resposta à primeira pergunta é praticamente impossível de responder. Como os militares americanos – e por consequência as agências governamentais – investem pesado em tecnologia, é possível que tenham desenvolvido alguma maneira realista de condensar a armazenagem de dados para que um único prédio consiga resguardar um yottabyte.
Terabyte
Porém, usando apenas tecnologia já disponível comercialmente, é economicamente inviável montar um datacenter dessa grandeza. Os maiores HDs atualmente no mercado armazenam até 2 TB de dados e um gabinete de servidor costuma receber em média quatro unidades de armazenagem.
Petabyte
Com essa configuração, seriam necessários 128 gabinetes para resguardar um petabyte, alocados em 8 racks com espaço para 16 servidores. O próximo passo rumo ao datacenter de um yottabyte seria reunir mil racks em um único prédio, totalizando um exabyte. Este edifício ocuparia uma área equivalente a um quarteirão urbano, e teria dois andares.
Exabyte
Para atingir o zettabyte que – acredita-se – acumule todos os dados da internet atual, são necessários pelo menos 500 desses prédios, usando aproximadamente 6 km² de área – pouco menor que 1/4 do espaço ocupado pela Vila Mariana, em São Paulo.
Zettabyte
Depois disso, chega-se às portas do yottabyte. Mas ultrapassar esse limite não é tão fácil quanto parece. Para reunir todos os bits que compõem a medida – teoricamente – máxima de armazenagem da informática, seria necessário construir mais ou menos 500 mil centrais de dados.
Yottabyte
Isso mesmo, mil vezes mais prédios do que os necessários para se obter o zettabyte, ocupando quase dez mil km², ou duas vezes o terreno ocupado pelo Distrito Federal.
Motivo de segurança
Agora que é – quase – possível entender a magnitude da empreitada da NSA, prepare-se para descobrir a razão do projeto.
O superdatacenter de um yottabyte que os estadunidenses pretendem construir se destina – principalmente – a armazenar vídeos de segurança. Câmeras de vigilância são cada vez mais comuns, e a quantidade de informação gerada também é enorme.
iStockA julgar por seriados e filmes policiais, a qualidade dos vídeos ainda não é das melhores, mas isso tende a mudar com o avanço da tecnologia. Imagens melhores significam mais informação, e, portanto, faz sentido querer espaço de sobra para guardar a filmagem de milhões de câmeras sem precisar apagar outros arquivos.
Afinal, não é de hoje que os Estados Unidos resguardam a segurança do seu território com determinação e tecnologia.

Do bit ao Yottabyte: conheça os tamanhos dos arquivos digitais [infográfico]

Kilo, mega, giga, tera, peta, exa, zetta ou yotta. Parece grego? Então leia este artigo e saiba que essas palavras estão muito mais próximas do que você imagina.


Sabe aquele seu pendrive de 4 GB? Em alguns anos, ele estará totalmente defasado. O mesmo se aplica ao seu disco rígido de 250 GB ou ao seu SSD de 80 GB. É verdade, a cada ano os dispositivos de armazenamento oferecem maiores capacidades e os componentes mais antigos vão ficando obsoletos.
É difícil imaginar, mas os principais dispositivos de armazenamento móvel utilizados (os disquetes) até poucos anos atrás não permitiam mais do que 1,44 MB de capacidade. Achou pequeno? Pois saiba que os megabytes nem são as menores frações dos arquivos. Ainda existem os kilobytes, os bytes e os bits.
Também é preciso dizer que as informações não são limitadas aos terabytes dos HDs mais poderosos da atualidade. Há vários outros valores que serão apresentados neste artigo. Você está preparado para aprimorar o seu conhecimento sobre informática e adicionar alguns megabytes de dados ao seu cérebro? Então veja como cada uma dessas unidades é importante em sua vida.

Bits: a menor parte de um dado

Para começar, vamos falar a respeito da origem do nome dos bits. “Bit”vem de BInary digiT,ou seja, dígitos binários. Isso porque cada bit é exatamente isto: um dígito binário que pode corresponder aos valores “0” ou “1”. O conjunto deles forma os dados na forma que nós conseguimos compreender.
Quando ainda estão como bits, apenas programadores conseguem decifrá-los, pois respondem a sequências binárias mais complexas. Nos códigos de programação, você pode encontrar os binários como ativação ou negação de certas tarefas. Por padrão, o “0” desativa as opções, enquanto o “1” faz o contrário.

Bytes: a informação tomando forma

Um conjunto de oito bits representa um byte, que é a fração dos dados que pode ser compreendida pelos usuários. Nesse caso, em vez de duas combinações possíveis, existem 255. Um caractere, por exemplo, pode possuir o tamanho exato de um byte (dependendo da codificação utilizada), por isso alguns arquivos no formato TXT podem ser encontrados com menos de 1 kB.
Quanto tem um byte?
Agora, uma curiosidade. Você pode estar se perguntando: “A imagem mostrada diz que o arquivo possui 23 bytes, mas ocupa 4 kilobytes em disco. Como isso é possível?”. Apesar de possuir poucas informações, o computador gasta os 4 kilobytes para armazená-lo, pois esse é o valor mínimo definido pela formatação do computador utilizado na ocasião.

Kilobytes: os dados tangíveis

Um kilobyte é composto por 1.024 bytes. Essa é a primeira unidade (entre as citadas) que a grande maioria dos usuários deve conhecer. Muitos arquivos de texto e até mesmo fotografias com resoluções mais baixas possuem alguns kilobytes. Os antigos disquetes de 1,44 MB permitiam que os usuários carregassem vários arquivos com essas dimensões.
Essa unidade é muito lembrada quando downloads são realizados. As taxas de transferência são medidas em kilobytes por segundo. E isso já funciona dessa forma há vários anos, desde a época das conexões discadas. Se em 1999 as pessoas baixavam músicas em velocidades de 3 kB/s, hoje há várias conexões que permitem downloads de 200 kB/s ou mais.

Megabytes: o mundo multimídia

Se os kilobytes armazenam vários arquivos de texto, os megabytes permitem um mundo muito mais multimídia para os usuários. Em média, uma música em MP3 ocupa 5 MB no disco rígido e uma foto em alta resolução pode passar dos 2 MB facilmente, dependendo do formato de arquivo que for utilizado.
CDs (de áudio ou dados) possuem cerca de 700 MB de capacidade. Isso garante que muitos arquivos sejam armazenados, ou cerca de 20 músicas. “Mas uma música não possui apenas 5 MB?”. Sim, uma música em MP3 ocupa isso, mas para os CDs de áudio o formato dos arquivos é diferente e ocupa muito mais megabytes.
Discos e mais discos
Você pode perceber que todo tipo de mídia pode representar alguns kBs ou muito MBs, tudo depende da qualidade com que são codificados. Isso inclui fotografias e músicas, como já dissemos, e também filmes. Um filme em qualidade baixa pode ocupar menos de 500 MBs, enquanto o mesmo em qualidade 1080p pode chegar aos 25 gigabytes.

Gigabytes: a alta definição

Em tempos remotos (mas não tão remotos assim, quando o Windows 95 era o sistema operacional mais utilizado em todo o mundo), discos rígidos não chegavam a possuir a capacidade de 1 GB. Mas os sistemas foram evoluindo, outros softwares também e a demanda exigiu melhorias nos componentes de hardware.
Hoje, dificilmente encontram-se computadores sendo vendidos com discos rígidos inferiores aos 500 GB de capacidade. Até mesmo HDs externos podem ser encontrados com capacidades maiores do que essas e sem serem vendidos por preços absurdos, como acontecia até pouco tempo atrás.
Podemos afirmar que, nos próximos anos, os gigabytes devem limitar-se às mídias de alta definição e aos pendrives, visto que HDs devem ultrapassar a casa dos terabytes em larga escala. Quanto às mídias: DVDs possuem 4,7 GB; Blu-rays, 25 GB e arquivos digitais podem ir muito além disso.

Terabytes: a nova necessidade

Quem poderia imaginar, em 2005, que seria possível dispor de um disco rígido com capacidade para armazenar um terabyte de informações? Pois hoje a realidade é outra e os HDs permitem exatamente isso. Você já parou para pensar em quantas músicas poderiam ser armazenadas em um disco desses?
Cada dia mais frequentes
Vamos às contas. Uma música em MP3, com cerca de 3 minutos, ocupa 5 MB. Em 1 TB, poderiam ser armazenadas 200 mil músicas. Caso fossem reproduzidas sequencialmente e sem interrupções, elas levariam 1 milhão de minutos para serem tocadas sem repetições de arquivos. Isso representaria 17 mil horas ou 728 dias. Exatamente, seriam quase dois anos sem parar de ouvir músicas.
Se o mesmo cálculo fosse feito para filmes em Blu-ray, com cerca de 90 minutos e 25 GB, chegaríamos à conclusão de que 1 TB pode armazenar 40 filmes em alta definição. O que exigiria dois dias e meio de “maratona” para que todos pudessem ser vistos sem pausas. Para DVDs o período seria de 13 dias.

Petabyte: muito além do uso doméstico

Um milhão de gigabytes. É exatamente isso que representa um petabyte, muito mais do que qualquer pessoa precisa para armazenar seus dados. Na verdade, é muito mais do que muitas empresas gigantes precisam. Petabytes só são tangíveis se somarmos uma grande quantidade de servidores.
Segundo James S. Huggins (especialista em tecnologia da informação), se fôssemos digitalizar livros, apenas 2 petabytes seriam suficientes para armazenar toda a produção acadêmica dos Estados Unidos. Já o Google processa cerca de 24 petabytes de informações todos os dias, o que demanda muitos servidores dedicados à atividade.

Exabyte: o tráfego da internet mundial

Não seria possível ouvir 1 bilhão de canções em apenas uma vida (capacidade de armazenamento de um HD hipotético de 1 EB). Os exabytes ainda estão muito distantes dos computadores comuns, mas já são uma realidade na internet mundial.
Central de dados da Wikimedia (Fonte da imagem: Wikimedia Commons / Midom)
O Discovery Institute (uma instituição sem fins lucrativos) realizou alguns estudos e concluiu que, todos os meses, são transferidos cerca de 30 exabytes de informações na internet mundial. Isso representa 1 EB por dia, ou 1 bilhão de gigabytes de dados circulando a cada 24 horas.

Zettabyte: todas as palavras do mundo

Você consegue imaginar o que são 1 bilhão de HDs de 1 terabyte? Agora imagine todos eles lotados de dados. Pois isso é o mesmo que ocupar 1 zettabyte com informações. Essa unidade é muito maior do que conseguimos imaginar ao pensarmos em computadores comuns.
O estudo mais curioso que já foi realizado com base nos zettabytes é de Mark Liberman (linguista da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos). Ele constatou que, se fossem gravadas todas as palavras do mundo (de todos os idiomas, digitalizadas em 16 bits e 16 kHz), seriam necessários 42 zettabytes para armazenar toda a gravação.

Yottabyte: mais do que existe

Some todas as centrais de dados, discos rígidos, pendrives e servidores de todo o mundo. Pois saiba que essa soma não representa um yottabyte. Um trilhão de terabytes ou um quadrilhão de gigabytes: não é possível (pelo menos por enquanto) atingir essa quantia.
Dividindo um yottabyte pela população mundial, teríamos 142 terabytes para cada pessoa. Levanto em conta que apenas 25% das pessoas possuem acesso a computadores, essa quantia seria aumentada para 568 terabytes (pouco mais do que a metade de um petabyte). Seriam 23 mil filmes em Blu-ray para cada um.
.....
Você já conhecia essas unidades relacionadas aos dados dos computadores? Conte para o Tecmundo o que pensa sobre essas grandezas e também se acha que algum dia será possível comprar um HD de 1 petabyte ou mesmo se os dados do mundo todo chegarão à marca de um yottabyte ainda nesta década.


Coisas que você precisa saber para comprar um bom notebook em 2011

Pensando em adquirir um novo notebook? Então fique ligado nas nossas dicas para comprar um modelo com as tecnologias mais duradouras
Possuir eletrônicos com as mais recentes tecnologias não é para qualquer um. Em se tratando de informática, é ainda mais difícil, afinal, é preciso ter muito dinheiro para bancar as atualizações constantes de hardware. Felizmente, quando o assunto é notebook, não é necessário realizar muitas modificações.
Apesar disso, muitos consumidores adotam o costume de trocar de laptop uma vez por ano. E é nesse momento que surge a dúvida crucial: afinal, qual modelo devo adquirir? Em 2011, essa decisão ficou um pouco mais complicada, pois surgiram diversos novos processadores e tecnologias.
Pensando nisso, o Tecmundo optou por elaborar este artigo para informar sobre quais configurações devem ser observados na hora de comprar um notebook. Entretanto, antes de começarmos, devemos salientar algo bem importante.
O melhor notebook não é necessariamente o mais caro, pois tudo depende do que é melhor para você. Portanto, não fique se preocupando em seguir todas as nossas dicas, aproveite algumas como base e pesquise muito antes de comprar.

Processador: apostando certo

Como sempre, o primeiro item a ser definido em uma nova máquina é o processador. E como já é de praxe, volta a velha novela: AMD ou Intel? Bom, como estamos falando de CPUs para notebooks, o foco nem sempre é o desempenho, por isso, tudo depende.
Recentemente as duas fabricantes lançaram novos modelos de processadores, o que torna as escolhas um pouco mais complicadas. Ambas possuem CPUs voltadas para quem busca desempenho, modelos para economia de energia e até processadores com chip gráfico integrado.
Intel Core de segunda geração
Basicamente vamos dar destaque a duas linhas de processadores que valem a pena. Se você for optar por Intel, procure adquirir um notebook com CPU Intel Core de segunda geração. Não importa se você necessita de um i3, i5 ou i7. O essencial é observar se o notebook realmente conta com um modelo da nova linha da Intel.
Já se você vai optar por um notebook com AMD, talvez seja uma boa ideia decidir-se por um modelo com os novos processadores AMD Fusion (veja abaixo quais modelos compõem essa linha).
Poucas marcas fornecem computadores com essas CPUs, mas existem notebooks de qualidade com esse tipo de chip, o qual é muito econômico. Se você gosta de AMD ou se vai tentar mudar de rumo com a rival da Intel, talvez alguns notebooks da Sony possam satisfazer suas necessidades.
  • Processadores AMD Fusion da linha Zacate: E-240 / E-300 / E-350 / E-450
AMD Fusion

Memória DDR3

Ao optar por um computador com um dos processadores citados acima, já fica evidente que a memória instalada será do tipo DDR3. Todavia, se você atentar para os mínimos detalhes, não basta que a memória seja do padrão DDR3, mas também é crucial que a velocidade dela seja compatível com o desempenho que você almeja.
Caso você não vá comprar um notebook com um processador muito recente, deve optar por um laptop com memórias DDR2 de alta velocidade. Para o padrão DDR3 é interessante utilizar memórias que operem a 1.333 MHz; já para os módulos DDR2 a velocidade de 800 MHz é a mais comum.

Portas USB 3.0 são bem-vindas

A evolução não ficou apenas nos itens internos dos computadores. Os dispositivos externos também evoluíram e com isso apareceu o padrão USB 3.0. Acontece que encontrar um notebook com portas USB de terceira geração não é fácil. Aliás, até se encontra, porém o difícil mesmo é pagar o valor cobrado por computadores que tragam conexões com a especificação.
USB 3.0
Caso o modelo que você escolha ainda não traga portas USB 3.0, verifique se ele traz um mínimo de portas 2.0. Alguns modelos trazem apenas duas conexões USB 2.0, o que pode ser considerado muito pouco. O ideal é optar por um notebook com três ou quatro espaços para conectar dispositivos USB 2.0.

O HD ainda prevalece

O armazenamento dos notebooks teve evoluções de um ano para cá. Os drives SSD já são oferecidos em tamanhos maiores e estão deixando os HDs para trás no quesito velocidade. Entretanto, com grandes vantagens vem um grande preço. Sendo assim, a menos que você tenha dinheiro sobrando, a opção mais viável (e mais do que excelente) continua sendo os discos rígidos.
Não podemos sugerir um tamanho específico de HD, afinal, tudo depende do quanto de espaço você precisa. A maioria dos notebooks está vindo com modelos de 320 GB ou 500 GB, tamanhos mais do que suficientes para armazenar muitos vídeos em alta definição e prontos para guardar os jogos mais recentes.
Notebook VAIO VPC-YB15AB Rosa (Fonte da imagem: Divulgação/Sonystyle)
Outra boa ideia é observar a quantidade de rotações por minuto do HD. Existem modelos de 5.400 RPM e 7.200 RPM, sendo que cada um possui suas vantagens. Os discos rígidos de 7200 RPM tendem a serem mais velozes, todavia, aquecem mais e são mais propensos a erros. Já os de 5.400 RPM perdem no quesito velocidade, mas garantem a segurança dos dados com baixas temperaturas.

Placa de vídeo razoável é interessante

Comprar um notebook com placa de vídeo dedicada custa caro, o que força os brasileiros a adquirirem modelos com placas gráficas integradas. Em geral, o desempenho das placas onboard é suficiente para a maioria das atividades multimídia e inclusive é aceitável para executar alguns games com gráficos de baixa qualidade.
Acontece que tudo está evoluindo e você não pode ficar para trás. Portanto, escolher um notebook com uma placa de vídeo razoável é uma boa tática para não ter de trocar de computador tão cedo. Como sempre, não podemos indicar outras marcas além de AMD e NVIDIA. As duas principais fabricantes de chips gráficos ainda continuam gerando os melhores resultados em notebooks.
Notebook VAIO VPC-EE47FB (Fonte da imagem: Divulgação/Sonystyle)
Claro, se você não encontrar um computador com Radeon ou GeForce, uma Intel HD Graphics deve ser suficiente para assistir a filmes em Blu-ray e realizar algumas outras atividades. Em se tratando de placa gráfica, vale o mesmo conselho: procure optar por um notebook com placa de vídeo de última geração. Por exemplo: se for um PC com AMD Radeon, então que seja um que traga um modelo da série 6000.

Conectividade de última geração

Pode parecer besteira, porém não podemos deixar de frisar a importância de optar por um laptop compatível com as redes 802.11n. E mais, não basta ser compatível com o padrão 802.11n Draft: o modelo escolhido deve ser compatível com o protocolo final. Essa especificação é importante, pois cada vez mais redes estão adotando o novo padrão e, claro, seu notebook não pode ficar de fora das redes wireless.
Comprar um notebook compatível com Bluetooth também não é má ideia. Mesmo que você não tenha um smartphone ou outro dispositivo que utilize essa tecnologia, ter o recurso em seu PC é uma ótima vantagem, pois no futuro você provavelmente vai adquirir um produto compatível com esse modo de transmissão de dados. Vale salientar que o Bluetooth já está na versão 3.0, portanto, busque um computador equipado com o padrão mais recente.

Blu-ray é o futuro

Estamos chegando ao fim de nossas dicas, mas claro que não poderíamos esquecer-nos de falar sobre o leitor ótico. Ainda que os gravadores de DVD sejam perfeitos para a maioria das atividades, você deve ter em mente que um computador com uma CPU recente deve contar com o que há de melhor.
Notebook VAIO VPC-F135FB (Fonte da imagem: Divulgação/Sonystyle)
Assim, nada mais óbvio do que comprar um laptop com Blu-ray. Você não concorda? Bom, vamos explicar o porquê dessa recomendação. Primeiro que os filmes em Blu-ray já trazem conteúdo em alta definição, o que significa que você vai poder desfrutar de todo o poder de processamento do computador. E para melhorar, os discos Blu-ray estão cada vez mais baratos, o que significa que em breve os DVDs devem ser abandonados.

Não se esqueça de alguns detalhes importantes!

Muito bem, depois de tanta tecnologia, você pode ter ficado confuso e não ter a mínima noção de qual notebook vai escolher. Pois bem, como citamos no início deste artigo, é importante você adquirir um modelo que agrade as suas expectativas, mas também é primordial pensar no bolso.
Além disso, de nada vale adquirir o notebook mais potente do mercado, sendo que a bateria dele dura apenas uma hora. Com processadores econômicos, como o AMD Fusion, é possível conseguir usar o notebook por mais de cinco horas tranquilamente.
Na hora de comprar, também é importante estar atento quanto às conexões do notebook. Usuários que vão usar um monitor externo devem buscar um computador com DisplayPort ou HDMI. Já quem vai apenas usar o PC para exibir vídeos na tela de LCD (Plasma ou LED) não pode deixar de escolher um modelo com HDMI (não precisa ser o padrão 1.4, apesar de que notebooks com essa característica são mais interessantes).
Notebook VAIO VPC-SB15GB (Fonte da imagem: Divulgação/Sonystyle)

E por falar em vídeos, vale lembrar a importância em adquirir um notebook com tela de alta definição. Nem citamos a questão da tela ser do tipo LCD com iluminação de LED, pois todos os novos notebooks vêm com esse tipo de display, todavia, ter um PC que execute vídeos em 720p ou até 1080p é mais do que imprescindível.


Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/10211-coisas-que-voce-precisa-saber-para-comprar-um-bom-notebook-em-2011.htm#ixzz1NBqbnL6Z

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mito ou verdade: um HD totalmente destruído e queimado pode ser recuperado?

Desastres naturais, falhas mecânicas, acidentes e até mesmo a destruição intencional de um disco rígido podem não ser o bastante. Saiba como os dados de um HD destruído são recuperados.

Detalhe da cabeça de leitura e do platter
Fonte da imagem: Wikipedia
Existem dois tipos de usuários: aqueles já perderam um disco rígido e aqueles que ainda vão perder. É impressionante como certas piadas ou ditos populares transmitem uma sinceridade que pode acabar com o sossego do ouvinte. Mas não se deixe enganar. É muito provável que, cedo ou tarde, você tenha que recuperar os dados de um HD danificado.
Nesse caso, a boa notícia é que existe uma probabilidade grande de que os dados de um disco rígido com problemas possam ser recuperados. Incêndio, enchente, falhas mecânicas, remoção de arquivos por acidente e até mesmo a intenção de acabar com provas podem não ser o suficiente para destruir os preciosos arquivos armazenados em um HD.
Recentemente, o Brasil presenciou o caso da tragédia de Realengo. Antes de invadir uma escola pública no Rio de Janeiro, o atirador queimou o computador que usava, numa tentativa de acabar com provas que pudessem incriminá-lo ou denunciar o motivo de suas ações.
Mas como é feita a recuperação dos dados de um HD tão danificado? Como é possível que, depois de tanto dano, os arquivos ainda continuem intactos?

O funcionamento de um HD

É provável que você tenha lido nosso artigo sobre como funciona um disco rígido. Mas é sempre bom relembrar.
O HD de um computador trabalha constantemente. Ao ligar o PC e baixar um dos programas do Baixaki, por exemplo, são realizadas inúmeras atividades de leitura e escrita de dados no disco. Esses dados são gravados em discos magnéticos conhecidos como platters, discos contituídos de duas camadas, sendo a primeira feita de alumínio e a segunda composta por material magnético.
Tanto a leitura quanto a gravação são feitas por um cabeçote que se movimenta pela superfície dos discos enquanto eles giram em alta velocidade. A gravação ou leitura é feita por meio de eletroímãs minúsculos presentes na cabeça de leitura, capazes de reordenar as moléculas de óxido de ferro presentes na camada magnética dos platters.
Apesar de toda a ciência empregada nos discos rígidos, é possível perceber que a ação mecânica é essencial para o funcionamento deles. Tantos movimentos e partes móveis acabam sofrendo desgastes com o passar do tempo e essa é uma das causas mais comuns de defeitos em HD.

Falha mecânica: os clicks da morte

Quem já presenciou a morte de um disco rígido sabe como são tristes os últimos sons que eles emitem. Se ao ligar o computador você notar erros de entrada e saída (IO) e um barulho peculiar vindo de dentro do gabinete, você provavelmente perdeu o HD. Os famosos “clicks da morte” não são difíceis de serem ouvidos. Na verdade, há até mesmo websites que colecionam esses sons, para que todos possam ouvir a marcha fúnebre.
O barulho pode estar sendo emitido pela cabeça eletromagnética, que tenta se movimentar, sem sucesso, dentro do dispositivo. Se isso acontecer, desligue imediatamente o seu computador e não volte a ligá-lo.
Como a cabeça de leitura do HD está danificada, pode ser que ela acabe riscando a superfície dos platters enquanto tenta funcionar. Isso tornaria mais difícil a recuperação dos dados. Além disso, também pode acontecer que pequenas partículas se desprendam e fiquem soltas dentro do disco rígido, colaborando ainda mais para a destruição das informações armazenadas.
Nesse caso, a saída para a recuperação dos dados é desmontar o HD e substituir as peças danificadas. O grande problema é que essas peças não podem ser substituídas em qualquer ambiente. É necessário um laboratório livre de energia estática e limpo, para evitar que poeira ou qualquer outro “corpo” indesejado repouse sobre a superfície dos platters.
No vídeo abaixo, é possível assistir a um técnico realizando esse tipo de operação:
Como não é fácil ter esse tipo de ambiente ou de conhecimento técnicos disponível em casa, é aconselhável que o HD seja enviado para uma empresa de recuperação de dados, onde os procedimentos necessários serão realizados com o devido cuidado.

Componentes queimados

Eletrônicos costumam queimar, graças a picos de energia, raios ou qualquer outra instabilidade apresentada na rede elétrica. E já que os discos rígidos também estão conectados a essa rede, o pior também pode acontecer a eles. Nesse caso, é comum o usuário descobrir que a placa lógica do HD foi queimada.
Como você já pode ter adivinhado, a solução para esse caso é trocar a placa lógica. Para isso, o usuário deve encontrar um modelo de HD exatamente igual ao que foi queimado, prestando atenção aos mínimos detalhes, como a versão do firmware, capacidade de armazenamento e voltagem.
Bastaria, então, abrir os dois HDs e substituir a peça danificada. Mas, novamente, precisamos dar o mesmo conselho: o disco rígido é uma peça muito sensível e a substituição de peças deve ser feita por pessoas que possuem o conhecimento técnico necessário para isso. Caso contrário, o usuário pode acabar com dois HDs imprestáveis.

Situações extremas

Apesar de ser mais complicado, os dados de um HD que passou por condições extremas de calor, umidade e até mesmo de quedas podem ser recuperados. Por isso a polícia conseguiu recuperar vídeos e mensagens do atirador de Realengo, mesmo ele tendo ateado fogo ao computador.

Incêndio

Atear fogo a um HD pode não ser uma boa forma de acabar com os dados
Basicamente, os motivos são os mesmo das situações anteriores. Muitas vezes as partes danificadas por incêndios, por exemplo, são substituíveis. Os dados em si acabam intactos ou, pelo menos, parcialmente recuperáveis.
Há casos em que, ao abrir um HD incendiado, o técnico pode perceber que os platters permanecem intactos. O que derreteu foi apenas a carcaça. Também pode ser que alguma sujeira tenha se acumulado entre os platters e, nesse caso, também existe a possibilidade de limpá-los.

Enchentes

Esse, infelizmente, é um caso muito conhecido dos brasileiros. Com a imprevisibilidade de desastres naturais, como as enchentes, não é muito difícil ter o seu computador mergulhado em água. Além disso, acidentes também podem acontecer, ainda mais com a popularidade dos HDs externos, como derrubar alguma bebida sobre ele, sem querer.
Porém, dessa vez o conselho deve ser seguido à risca: leve o disco rígido a uma empresa especializada. E, por incrível que pareça, a dica mais preciosa nesse caso é não tentar secar o HD. Não use secador de cabelo, não o deixe exposto ao sol ou em frente ao ventilador. Embale o HD ainda úmido e leve para o técnico.
A razão para isso é que, durante a secagem, alguns resíduos ou partículas que entraram junto com a água podem acabar danificando, permanentemente, os platters que guardam os dados armazenados. Com as ferramentas certas, o técnico poderá limpar esses resíduos antes que eles sequem e fiquem impregnados à superfície dos discos.

Quedas e impactos

Marretas são ferramentas eficazes para a destruição de dados
Também não é muito raro derrubar o notebook ou aquele HD externo recém-comprado. E, nesse caso, os problemas acabam sendo semelhantes aos provocados por falhas mecânicas. Bastaria a substituição de algumas peças antes de recuperar os arquivos.
Porém, durante a queda, nada pode ter acontecido aos platters. Quanto mais danos eles tiverem sofrido, mais baixas as chances de conseguir seus dados de volta. Aliás, aí mora o segredo para aqueles que precisam destruir completamente um HD: use uma marreta.

O dia a dia de um especialista

O Tecmundo também conversou com André Gonser, profissional da área de informática desde 1991 e que trabalha com a recuperação de dados de HDs há dez anos. De acordo com Gonser, são grandes as chances de recuperar os dados de disco rígido danificado. Quando o problema é a placa lógica queimada, a probabilidade é muito maior, mas as chances caem um pouco quando o assunto é uma cabeça de leitura quebrada ou falhas no firmware do disco.
André nos contou que o prazo médio para a solução do problema é de 24 a 72 horas, mas que alguns casos podem levar mais de uma semana. Os casos mais comuns que chegam à Agathec, empresa mantida por Gonser, dizem respeito a problemas com firmware e HDs de notebooks, que por causa da mobilidade acabam apresentando problemas mais facilmente. Há também muitos casos de HDs externos que sofreram queda.
HDs de notebooks e discos com problemas de firmware são mais comuns.
Quando perguntado sobre o caso mais estranho que já recebeu, Gonser não hesita: “Foi um HD cheio de marteladas. A esposa descobriu a traição do marido e, por vingança, meteu o martelo disco rígido. Lógico que, em um caso desses, a recuperação não é possível”.
Sobre o uso de softwares facilmente encontrados na internet e que prometem a recuperação de dados, Gonser aconselha que os usuários executem-os com sabedoria. “Esses programas encontrados na web são apenas para dados apagados e que ainda não foram sobrepostos. Mesmo assim, existe a forma correta de usá-los. Mas, por não saber, a maioria acaba instalando os programas no mesmo HD em que os dados foram perdidos. Dessa forma, é possível que os dados sejam sobrescritos e o usuário não consiga recuperá-los. Além disso, esse tipo de software não serve para casos de defeitos no HD”.

Cuide bem dos seus dados

Voltando à sinceridade dos ditos populares, é sempre bom lembrar que “é melhor previnir do que remediar”. Portanto, a melhor maneira de evitar problemas com os seus dados é armazená-los de maneiras mais seguras e, nesse caso, é essencial manter um backup sempre atualizado dos seus arquivos. Aliás, sem um backup ninguém deveria nem mesmo atualizar o sistema operacional da máquina.
Outra forma de prevenir que os seus dados sejam corrompidos e que você tenha que recuperá-los é manter sempre atualizados os antivírus e firewalls instalados. E, obviamente, fazer uso desses softwares. Antes de abrir um arquivo, analise-o para saber se ele possui alguma praga virtual embutida.
Também é importante manter o computador e seus componentes na temperatura ideal, usando coolers, ar condicionado em salas de servidores etc. Os estabilizadores e no-breaks também ajudam a evitar danos ocasionados por instabilidades na rede elétrica e, ao mover a máquina de lugar, lembre-se de desligá-la completamente e fazer a mudança com bastante cuidado.

Cuidados especiais ao se desfazer do seu HD

Com tantas formas de recuperar dados que estavam, aparentemente, perdidos, pode ser que o usuário não tenha tomado as medidas corretas ao vender ou doar um computador ou disco rígido usado para alguém. Apenas formatar o disco pode não ser o suficiente. Confira o artigo sobre o assunto que publicamos anteriormente.

Como funciona um disco rígido ou HD?

Entenda como acontece o processo de gravação e quais as técnicas utilizadas para aumentar a capacidade de dados desse dispositivo essencial para o computador.


Embora na hora de comprar um computador se dê muita atenção a aspectos como a placa-mãe, placa de vídeo e quantidade de memória RAM, todos esses componentes não teriam a menor importância sem a presença do disco rígido.
Afinal, de nada adianta ter poder de processamento se você não possui um local onde armazenar o sistema operacional ou gravar os diversos softwares e documentos com que deseja trabalhar. Para isso, a cada dia surgem no mercado novos modelos com mais espaço disponível, grande velocidade e precisão de leitura e gravação.
Quem utiliza computadores com frequência já deve ter se perguntado como funcionam estss componentes e imaginado qual o tipo de tecnologia necessária para gravar dados.
Provavelmente já devem ter passado pela sua cabeça perguntas como a origem do nome disco rígido, e como é possível surgirem HDs com cada vez mais capacidade, sem que para isso seja preciso aumentar as dimensões do componente.
Para esclarecer essas e mais uma série de dúvidas que você possa ter, neste artigo o Baixaki vai desvendar os segredos por trás do funcionamento de um disco rígido.
Por que o nome disco rígido?
O motivo para é simples: os dados são gravados em discos magnéticos chamados platters, formados por discos extremamente rígidos que garantem a qualidade de gravação e leitura. A utilização de materiais duros é necessária para evitar a ocorrência de erros que podem surgir caso ocorram deformações na superfície.
Os platters são compostos de duas camadas, a primeira chamada de substrato. Geralmente feita de alumínio, embora existam modelos mais caros que utilizem vidro como base, esta camada é constituída de um disco polido em salas limpas (sem a presença de fatores ambientais como pó ou sujeira) para se tornar perfeitamente plana e espelhada.
O que permite a gravação de dados é uma segunda camada feita de material magnético, aplicada nos dois lados do substrato polido. Para aplicar esta camada, nos discos rígidos antigos era utilizada uma técnica chamada eletroplating, semelhante à eletrólise usada para banhar bijuterias a ouro.
Como o eletroplating não permite obter uma superfície muito uniforme, o que limitava o espaço de armazenamento disponível, foi desenvolvido o PLA, tecnologia semelhante à usada para soldar transistores em processadores. Como a camada magnética possui espessura de somente alguns microns, acima dela há uma fina camada protetora que evita que pequenos impactos danifiquem o disco rígido.
A necessidade de utilizar discos totalmente planos vem do fato de a gravação e a leitura serem feitas a velocidades muito grandes, o que faz com que qualquer variação na superfície seja fatal para o funcionamento do componente. Os HDs mais comuns são capazes de alcançar entre 5600 a 7200 rotações por minuto, embora existam modelos que chegam até os 10000 RPM.
Depois de polidos e já com a camada magnética aplicada, os platters são montados em um eixo geralmente feito de alumínio, que deve ser sólido o bastante para evitar qualquer vibração dos discos, mesmo em altas velocidades. O eixo também passa por um processo de polimento, já que os discos devem ficar perfeitamente presos e alinhados ao componente.
A maioria dos discos rígidos disponíveis no mercado utiliza múltiplos discos de gravação e leitura, o que permite aumentar a capacidade do dispositivo. Embora existam exceções à regra, o mais comum é que cada HD possua quatro discos em sua composição.
Como são adicionados dados ao HD?
Todo o processo de gravação e leitura dos dados de um disco rígido é feito com a utilização de cabeças de leitura eletromagnéticas, presas a um braço móvel que permite o acesso a toda a superfície do disco rígido.
O braço de leitura geralmente é feito de alumínio, pois precisa ser ao mesmo tempo leve e resistente para suportar a grande velocidade com que os discos giram. Para coordenar o movimento das cabeças de leitura, os HDs contam com um dispositivo especial chamado actuador.
Os primeiros discos rígidos utilizavam motores de passo para realizar a movimentação dos braços e das cabeças de leitura, assim como acontece nos disquetes. O problema desse método é que, em altas velocidades de rotação, é muito comum acontecerem desalinhamentos. Além disso, o espaço disponível também é bastante limitado.
Os discos mais recentes (qualquer HD com mais de 40MB de capacidade) utilizam um mecanismo chamado voice coil, que trabalha com atração e repulsão magnética. Esse sistema é muito mais rápido e preciso do que os motores de rotação, permitindo um melhor aproveitamento da densidade do disco, além de uma maior velocidade na gravação e leitura de arquivos.
A movimentação do braço do disco rígido é feita através de dois poderosos ímãs de neodímio, localizados em cada um de seus lados. A passagem de correntes elétricas de diferentes intensidades faz com que a potência de cada ímã seja alterada, o que ocasiona a movimentação dos braços e, consequentemente, das cabeças de leitura.
A gravação e a leitura dos dados são feitas através de minúsculos eletroímãs presentes nas cabeças de leitura do disco rígido. Compostos de uma bobina de fios que envolvem um núcleo de ferro, esses ímãs são extremamente precisos, o que permite a gravação de trilhas medindo centésimos de milímetros.
Como ocorre o processo de gravação?
Durante o processo de gravação, o campo magnético gerado pelos ímãs presentes nas cabeças faz com que as moléculas de óxido de ferro presentes na superfície magnética dos discos se reorganizem, alinhando os pólos negativos delas com os pólos positivos da cabeça. Da mesma forma, os pólos positivos se alinham com os pólos negativos.
Os eletroímãs presentes nas cabeças de leitura e gravação podem ter sua polaridade alternada constantemente, o que permite variar livremente as moléculas da superfície magnética do disco rígido. Conforme a direção de cada pólo, obtém-se um bit interpretado como 1 ou 0 pelo computador.
Na hora de ler os dados gravados, a cabeça de leitura capta o campo magnético gerado pelas moléculas alinhadas: a variação dos sinais magnéticos positivos e negativos gera uma corrente elétrica transmitida para a bobina de fios presentes na cabeça. Ao chegar à placa lógica do HD, esta corrente é interpretada como uma sequência de bits 1 e 0, que formam os diferentes arquivos gravados no disco rígido.
Vale mencionar que todo esse processo ocorre sem nenhuma espécie de contato entre as cabeças de leitura e a superfície do disco. Isso porque, devido às altas velocidades com os que os discos rodam, forma-se um colchão de ar que repele as cabeças de leitura e impede qualquer espécie de contato.
Caso houvesse contato entre os componentes, dificilmente um disco rígido funcionaria durante muito tempo devido aos danos físicos ocorridos. Para evitar acidentes, a maioria dos HDs conta com um ímã ao lado do actuador, responsável por atrair as cabeças a uma posição segura toda vez em que o computador é desligado ou não há gravação ou leitura de dados.
Em ocasiões em que ocorrem picos de tensão ou a energia é cortada subitamente com o HD funcionando, é comum surgirem setores defeituosos por ter ocorrido contato entre as cabeças de leitura e a superfície do disco.
Para evitar problemas do tipo recomenda-se utilizar acessórios como no-breaks, que permitem desligar o computador da forma correta em casos de instabilidade no fornecimento de energia.
Como é possível obter HDs cada vez maiores?
Agora que você já sabe como funciona o processo de gravação e leitura dos arquivos presentes em um disco rígido, pode ter batido a curiosidade de saber como os desenvolvedores conseguem lançar HDs com capacidade cada vez maior.
Existem três maneiras diferentes para que isso seja possível: aumentar a dimensão dos discos rígidos, multiplicar o número de platters disponíveis ou investir em um melhor aproveitamento da densidade do disco rígido.
Os dois primeiros métodos apresentam problemas por serem mais caros para o consumidor final e representarem somente um ganho de capacidade, mas não de desempenho.
Enquanto a adição de discos adicionais representa um custo maior ao consumidor final, aumentar suas dimensões é uma ideia que ainda pode representar perda de desempenho.
Isso acontece porque, quanto maior o diâmetro do disco, maiores as chances de que apresente problemas ao girar em altas velocidades. Além disso, as cabeças de leitura demoram mais tempo para chegar ao local necessário. Dessa forma, quanto maior o disco, menor a velocidade de leitura e gravação apresentada.
O processo que se mostrou mais eficiente para aumentar o espaço disponível é investir em um aumento da densidade dos discos magnéticos. Ou seja, em vez de investir em maior espaço físico, os desenvolvedores investem em métodos de gravar cada vez mais dados utilizando o mesmo espaço anterior.
Como diminuir o espaço ocupado por cada bit enfraquece seu sinal magnético, é preciso investir em mídias de melhor qualidade para que os dados possam se manter estáveis. Além disso, deve-se investir na precisão e na sensibilidade dos braços e cabeças de leitura, para evitar problemas durante a gravação e leitura dos dados.
Apesar desses problemas, a cada ano surgem novas tecnologias que permitem obter HDs com capacidade cada vez maior. Enquanto há alguns anos era um absurdo pensar em discos rígidos com mais de 200GB, já é possível encontrar dispositivos com mais de 1TB de espaço a preços acessíveis.
A tendência é uma queda cada vez maior no preço pago por cada Megabyte, o que permitirá que mesmo usuários casuais possam contar com HDs gigantescos sem pagar muito por isso. Tudo indica que logo será coisa do passado ter que desinstalar programas ou apagar arquivos para abrir espaço para novos documentos.

Manutenção de PCs: aprenda a desmontar um computador

Confira o vídeo tutorial do Baixaki e não fique com dúvidas na hora de desmontar sua máquina.
 
 
 
O Baixaki iniciou uma série de artigos sobre manutenção de computadores com um artigo bem útil que ensina em poucos passos a abrir o gabinete (confira esse artigo clicando aqui). Para dar continuidade a série, elaboramos este artigo completo que mostra como desmontar um computador. Recomenda-se que você reserve um bom tempo para ler o artigo e então executar cada um dos passos, pois desmontar um PC não é uma tarefa tão simples e rápida.

Cuidado

Assim como já citado no artigo “Aprenda a abrir o gabinete do seu computador”, antes de manusear qualquer componente de hardware, é muito importante que você tome o cuidado de se livrar da energia eletrostática.
Para não ter um pequeno acidente com um de seus componentes, é indicado que você use uma pulseira antiestática ligada a uma superfície aterrada, ou então, simplesmente encoste suas mãos alguns segundos em um objeto de metal (que não tenha pintura) e que possua aterramento, a fonte do seu computador pode ser muito útil nesse caso (evidente que seu PC deve estar ligado ao terra).
Outros cuidados a serem tomados quanto à energia eletrostática é não trabalhar com blusas de lã, em locais que possuam tapete ou carpete, ou ainda, em cima de mesas de plástico, pois estes são casos que podem gerar energia eletrostática.

Retirando placas PCI e AGP

Começaremos a desmontar o computador retirando as placas de vídeo e modem. Claro que você pode proceder diferente, porém, recomenda-se que você siga exatamente nossos passos para não encontrar dificuldades ao remover algum item de hardware. Prepare sua chave Philips e comece a desparafusar a proteção das placas PCI e AGP (ou PCI-Express).
Optamos por remover a placa PCI primeiro, mas você pode retirar a placa que preferir. Para retirar a placa do gabinete, desparafuse a parte metálica do gabinete e então pegando com cuidado, na parte metálica e na outra extremidade, retire com cuidado a placa. Caso você esqueça, todo procedimento relacionado a hardware deve ser executado com o computador desligado, inclusive com a chave da fonte na posição desligada.
Se você possuir mais placas instaladas, repita o procedimento. Atenção: usuários que utilizam placas do tipo AGP ou PCI-Express, podem ter de destravar a placa. Nossa placa-mãe não possui esta trava de proteção, mas a maioria possui, portanto, certifique-se de pressionar a trava para então desencaixar a placa de vídeo.

Vamos tirar a fonte do gabinete

A fonte é um item bem complicado de ser removido do gabinete, porque ela está conectada a diversos componentes. A primeira coisa a se fazer é desconectar os cabos que entregam energia para a placa-mãe. Veja abaixo que há dois conectores (dependendo da placa-mãe somente um conector é utilizado), por isso desconecte ambos com cuidado para não estragar os encaixes ou o cabo. Frisa-se ainda que devem ser retiradom os cabos segurando pelo conector, não puxe os fios, pois eles irão arrebentar. Note que os cabos da fonte possuem uma pequena trava junto ao conector. Para conseguir desconectar o cabo da placa-mãe, você deve pressionar esta trava para então puxar o cabo.
Agora ainda falta desconectar os cabos da fonte que estão ligados a outros componentes. Veja que o HD, o drive de CD e a unidade de disquetes utilizam cabos de energia. Não há segredos para removê-los, basta puxar o cabo pelas laterais (não pelos fios!). Confira a imagem abaixo.
Por fim, você deve remover os parafusos que prendem a fonte ao gabinete. Normalmente são quatro parafusos, porém fontes mais robustas não seguem necessariamente o padrão e podem ter outras travas, e caso você possua uma fonte diferente, talvez seja melhor consultar o manual.

Desconectando os cabos IDE

Para que o sistema operacional reconheça seus dispositivos de armazenamento e unidades ópticas é necessário que, além do cabo de energia, o cabo IDE esteja conectado. Remover os cabos IDE é uma tarefa bem simples, sendo que você deve pegar com cuidado pelas pontas do conector e então ir puxando vagarosamente. Atenção: não puxe a fita dos cabos IDE, pois elas arrebentam facilmente e você não poderá mais utilizar seu cabo.
Depois de remover o cabo das unidades de armazenamento, você ainda deve desconectar os cabos da placa-mãe. O procedimento é o mesmo, pegue nas extremidades do conector e vá puxando com cuidado. Para retirar o HD ou uma das unidades ópticas, siga o procedimento da imagem abaixo.

Desencaixe as memórias

Retirar a memória da placa-mãe é bem fácil. Note na imagem abaixo que ela possui duas travas nas laterais, sendo que basta pressioná-las para que a memória desencaixe. Ao desencaixar os pentes de memória, pegue com cuidado pelas bordas, evitando tocar nos contatos metálicos, pois isso pode ocasionar problemas graves com a memória ou com a placa-mãe ao reencaixar.

Cooler e processador

Até aqui não foi tão difícil, não é mesmo? Agora é hora de retirar o cooler e então o processador. O cooler e o dissipador geralmente saem juntos, bastando você destravar o cooler para retirar a peça e desconectar o cabo de energia da ventoinha (confira imagem abaixo).
Para retirar o processador o procedimento é simples: mude a posição da trava para cima e então pegue cuidadosamente pelas bordas do processador.

Desparafuse a placa-mãe

Por fim restou apenas retirar a placa-mãe do gabinete. Ela é fixada no gabinete por seis parafusos (algumas placas podem utilizar mais ou menos parafusos), os quais devem ser retirados com a utilização de uma chave Philips.
Provavelmente haverá alguns cabos pequenos conectados a sua placa-mãe, os quais são responsáveis por ativar o botão POWER, RESET e o alto-falante do gabinete. Marque precisamente a ordem desses cabos e então retire-os com cuidado. Após isso a placa-mãe está solta e você deve pegá-la pelas bordas para retirar do gabinete.

Finalizando

Pronto, seu computador está todo separado em partes. Logo o Baixaki irá publicar um artigo mostrando como montar um computador, de maneira muito semelhante a este artigo. Boa sorte a todos na desmontagem e tomem muito cuidado com os itens de hardware.

Manutenção de PCs: aprenda a abrir o gabinete do computador

Abrindo o Gabinete.
 
Alguma vez você já teve a curiosidade de saber o que tem por dentro do seu computador? Eu aposto que sim! Afinal, todos um dia já se perguntaram o que é que tem lá dentro que faz tudo funcionar magicamente do jeito que funciona.

Neste artigo, o Baixaki vai ensinar a você o que deve ser feito para abrir o gabinete do seu computador. Vamos abordar quais são os principais cuidados que devem ser tomados na hora de mexer no gabinete, para que você possa vasculhar seu computador sem medo.

Não apenas por questões de curiosidade, mas também para manutenção e limpeza, é bom saber quais são os cuidados a serem tomados na hora de realizar essa tarefa, que apesar de fácil, é bom levar em conta alguns cuidados básicos.
Gabinete.
Alguns Cuidados a Serem Tomados
Energia Eletrostática
A energia eletrostática pode causar sérios danos ao seu computador, chegando até a queimar componentes! Antes de mexer em seu computador, é recomendado que você descarregue a energia eletrostática que possa estar acumulada em seu corpo.

Indicamos que você use uma pulseira antiestática ligada a uma superfície aterrada, mas você também se livrar da energia eletrostática encostando por alguns segundos em um objeto de metal (que não seja pintado) e que possua aterramento, como por exemplo, a fonte do seu computador (caso seu computador possua aterramento), localizada atrás do gabinete.

Outros cuidados a serem tomados quanto a energia eletrostática é não trabalhar com blusas de lã, em locais que possuam tapete ou carpete, ou ainda, em cima de mesas de plástico, pois estes são casos que podem gerar energia eletrostática.
Bordas Internas do Gabinete
Outro ponto a ser levado em conta são as bordas internas do gabinete. Tome cuidado quando for manusear o gabinete, pois internamente existem bordas metálicas que podem ser afiadas. Cuide para não raspar o braço nestas bordas, pois você poderá se cortar.
Mãos à obra
Iniciando o Trabalho
Primeiramente, você deve certificar-se de que seu computador está desligado. Após isso, retire TODOS os cabos que estiverem conectados ao gabinete do computador. Feito isso, você poderá retirar o gabinete do local onde ele se encontra e levá-lo a um local onde se possa trabalhar com ele livremente. O Local deverá ser plano, limpo, amplo e livre. O mais adequado seria uma mesa com superfície emborrachada.
Perceba que atrás do seu computador há um painel onde se conectam todos os cabos. Este é o lado onde fica a placa-mãe do computador. Você deverá retirar os parafusos que se localizam do lado oposto ao deste painel.
Painel traseiro e locais dos parafusos.
Após ter retirado todos os parafusos, puxe a tampa to gabinete para trás. Em alguns modelos, pode ser que exista algum botão ou chave que faça pressão na tampa para que ela fique fixa de maneira mais eficaz. Se a tampa do seu gabinete não deslizar facilmente, procure por algum botão ou chave que possa estar travando-a.
Abrindo o gabinete.
Em seguida, retire a tampa do gabinete. Você observará a placa-mãe e todos os outros periféricos que compõem o seu computador. Não é necessário que se retire a outra tampa (só há necessidade em casos nos quais serão retiradas algumas peças que possuam parafusos do outro lado, como é o caso de HDs e leitores de CD/DVD), pois assim já temos acesso aos principais componentes.
Retirando a tampa do gabinete.
Finalizando

Agora que você viu como é o seu computador por dentro, está na hora de fechar o gabinete. Note que na tampa existem espécies de “ganchos” (CUIDADO! Estes ganchos podem ser afiados), e que no gabinete encontram-se alguns sulcos (CUIDADO! As bordas internas também podem ser afiadas). Estes ganchos devem ser encaixados nestes sulcos.
Ganchos da tampa do gabinete - CUIDADO, podem ser afiados!
Locais para encaixe da tampa do gabinete - CUIDADO, as bordas também podem ser afiadas!
Deite o gabinete. Em seguida, coloque a tampa sobre o gabinete, procurando alinhar os ganchos nos sulcos acima citados. Após isso, deslize a tampa sobre o gabinete. Fique atento para que haja o encaixe correto, pois se você encaixá-los de forma incorreta, a tampa empenará, e ficará torta. Após tudo estar devidamente em seu lugar, reinsira os parafusos novamente.
Tampa bem alinhada ao gabinete.
Pronto, você acabou de aprender como abrir seu gabinete de forma correta e segura! Fique atento, em breve você também irá conferir como desmontar e fazer manutenção em seu computador.


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