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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Saiba por que o Megaupload foi fechado


Denúncias contra um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos do mundo mostram acusações muito mais sérias do que downloads ilegais.

A Primeira Guerra Virtual foi declarada. Na tarde de ontem (19), agentes do FBI fecharam o site de hospedagem de arquivos Megaupload, provocando a reação irada de milhares de pessoas em todo o mundo. Entre as acusações, estão crimes como violação de direitos autorais e outro pouco comentado, mas que merece bastante atenção: lavagem de dinheiro.
Horas após o anúncio do bloqueio do site, o grupo hacker Anonymous reagiu, derrubando o site do FBI e o de outras entidades que apoiaram o SOPA, como a Universal Music, a RIAA (Associação das Gravadoras), MPAA (Associação Cinematográfica) e até mesmo a página da Justiça norte-americana.
Embora o fato tenha ocorrido no dia seguinte a uma série de protestos de grandes sites contra o projeto de lei norte-americano, é preciso ter bastante cuidado antes de condenar ou defender o Megaupload, uma vez que as denúncias não se limitam aos direitos autorais, como é o caso da abrangência do SOPA. Segundo as acusações, há muito mais coisa errada no funcionamento do site do que você possa imaginar.

O fim do crime organizado?

Funcionários norte-americanos são presos. (Fonte da imagem: Associated Press)
De acordo com a procuradoria federal norte-americana, o site Megaupload faturou mais de US$ 175 milhões desde a sua abertura, em 2005. A maior parte desse dinheiro teria sido adquirida mediante a violação de direitos autorais, ou seja, compartilhamento de arquivos cujos autores não receberam um centavo sequer pelo uso da obra.
Além disso, muitos dos seus funcionários teriam enriquecido de maneira rápida e injustificada, caracterizando fraude em impostos e ganhos não declarados. Um dos exemplos citados é o do eslovaco Julius Bencko, designer gráfico do site, que teria recebido mais de US$ 1 milhão apenas em 2010.
Outros seis indivíduos citados no processo possuem juntos 14 automóveis Mercedes, com placas personalizadas como “MAFIA”, “HACKER”, “EVIL” e “GUILTY”. Além disso,dois Maserati, um Rolls Royce e um Lamborghini completam a lista de carros de luxo, adquiridos de uma maneira que ninguém ainda conseguiu explicar.
Além das prisões de funcionários do site nos Estados Unidos, o fundador do Megaupload, Kim Schmitz, foi preso na tarde de ontem na Nova Zelândia. Segundo informações das autoridades locais, ele teria resistido à prisão trancafiando-se dentro de uma sala-cofre com uma espingarda de cano curto.

Tráfego não declarado

(Fonte da imagem: Aurich Lawson / ArsTechnica)
O Megaupload controla 525 servidores no estado de Vírginia, nos Estados Unidos, e outros 630 na Holanda, além de pequenas centrais espalhadas pelo mundo. Ao longo dos seis anos de existência, o site foi notificado várias vezes sob a acusação de estar hospedando conteúdo ilegal, ainda que upado por terceiros.
O modelo de negócios adotado por Kim Schmitz não impediu o CEO da companhia de disparar também contra os seus concorrentes. Em uma parte do processo, de 72 páginas, há um suposto email de Schmitz enviado ao PayPal em que ele afirma que a sua equipe jurídica está “se preparando para processar alguns de nossos concorrentes e expor as suas atividades criminosas”.
“Gostaríamos de aconselhá-los a não trabalhar com sites que pagam até mesmo por conteúdo pirata, como o Fileserve, o Videobb, o Filesonic, o Wupload e o Uploadstation; eles estão prejudicando a imagem e a existência de indústria de compartilhamento de arquivos”, finaliza. Ironia ou não, é sabido que o modelo de negócios do Megaupload é exatamente o mesmo dos concorrentes citados.

Um verniz de idoneidade

(Fonte da imagem: Megaupload / Reprodução)
Correspondências como essa comprovam outra das denúncias que constam no processo contra o Megaupload. O documento alega que o site teve várias adulterações apenas para ganhar um aspecto mais legítimo. O Top 100, por exemplo, não corresponde exatamente à lista de downloads mais populares.
Os funcionários estavam cientes do risco e sabiam como o site estava sendo usado. Ao fazer pagamentos por meio do sistema de recompensas para uploaders, muitas vezes o material postado nas contas era analisado e, ainda que ilegal, como filmes pornográficos, softwares keygenerators, DVDs e CDs, ainda assim a companhia fazia vistas grossas e seguia os trâmites financeiros normalmente.
Em outro email trocado por funcionários da empresa, um dos colaboradores afirma textualmente: “Nós não somos piratas, apenas somos o meio de transporte para a pirataria”. De acordo com o PAS, que analisa o tráfego de dados de mais de 1,6 mil corporações no mundo, apenas 57% do tráfego do Megaupload é monitorado.
Sites concorrentes como o Dropbox chegam a ter 76% de conteúdo analisado. O PAS afirma ainda que entre os 20 tipos de arquivo mais compartilhados, 6 deles eram softwares, 8 eram jogos e 6 eram relacionados a filmes. Ou seja, por mais que o site alegue que os seus arquivos mais baixados são legais, o tráfego de dados mostra justamente o contrário.

A caçada continua

O caso Megaupload está sendo considerado um dos mais importantes já realizados devido à sua proporção. Países como Estados Unidos, Hong Kong, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Canadá e Filipinas estão cooperando nas buscas internacionais e, além das prisões de ontem, outros 20 mandados de busca foram executados hoje em vários países.
Embora as prisões ocorram apenas um dia depois dos protestos contra o SOPA, não há relação direta entre as duas coisas e, ao que parece, a situação do Megaupload é bastante comprometedora, independente da aprovação da lei.
Seja qual for o veredicto, é preciso investigar o caso e aguardar a conclusão dos processos. Independente de os internautas estarem decepcionados por perder uma das suas principais fontes de download — e que hospedava também bastante conteúdo de acordo com a lei —, pelo visto há crimes maiores que só agora vieram à tona e merecem sim atenção por parte das autoridades.

Depois do Megaupload, outros serviços de compartilhamento podem ser fechados

Vários sites concorrentes do Megaupload estão passando por modificações para se adequar às leis antipirataria.

  
Você já deve estar cansado de ler sobre SOPA e Megaupload, mas o assunto ainda vai render bastante. Depois da prisão do dono do Megaupload, vários outros sites de compartilhamento estão começando a reavaliar a permanência na internet. Entre eles estão alguns dos mais famosos, como o FileServe e FileSonic, que deixaram de oferecer contas Premium.
Outros sites deixaram de atender aos usuários norte-americanos para fugir da fiscalização dos Estados Unidos. Entre eles, estão o FileJungle (que está bloqueando o IP de computadores do país) e o Uploaded (que baniu todos os usuários de lá). Isso mostra certo receio em relação aos fiscais antipirataria, que podem aplicar multas bem altas.
O MediaFire publicou uma nota relatando que seu serviço é diferente do oferecido pelo Megaupload, pois é um site dedicado ao armazenamento nas nuvens, não para compartilhamento de conteúdo ilegal. É lógico que existem muitas semelhanças, mas o que o MediaFire tenta dizer é que o material disponível lá é todo legalizado – e o que não é deve ser excluído.
  • Megaupload: fechado;
  • FileServe: está deletando arquivos e fechou programa de afiliados;
  • FileJungle: está deletando arquivos e testando bloqueio de IPs americanos;
  • UploadStation: está deletando arquivos e testando bloqueio de IPs americanos;
  • FileSonic: deixou de oferecer contas Premium;
  • VideoBB: deixou de oferecer contas Premium;
  • Uploaded: baniu todos os IPs norte-americanos;
  • FilePost: suspendeu contas com conteúdo ilegal;
  • HotFile: suspendeu contas com conteúdo ilegal;
  • VideoZer: deixou de oferecer contas Premium;
  • RapidShare: deletando arquivos ilegais;
  • 4Shared: deletando arquivos ilegais.

Posso aumentar a vida útil da bateria removendo-a do notebook?

Descubra a verdade sobre essa questão e conheça métodos para aumentar a vida útil da bateria.

A maioria dos notebooks utiliza bateria de íons de lítio (Li-Ion). Em teoria, elas não deveriam apresentar quaisquer problemas de “vício” ou perda de capacidade. Porém, a história é bem diferente na prática, quando vemos que a carga não dura nem metade do que é prometido.
A partir desse tipo de situação é que surgem tutoriais que em teoria resultam na salvação da bateria. Uma das dicas que circula na web recomenda a remoção da bateria para que a vida útil dela seja prolongada. Mas será que isso funciona mesmo? É o que vamos desvendar hoje!

O funcionamento da bateria

Antes de falar da vida útil, precisamos entender como a energia flui no interior da bateria. Os modelos de íons de lítio possuem cinco principais elementos: o ânodo, o cátodo, o separador, o eletrólito e os íons.

Usando os íons para alimentar o computador

Os íons ficam embutidos no ânodo, o eletrodo negativo. Quando você liga o computador sem estar com o cabo conectado à tomada, os íons começam a transitar do ânodo para o cátodo (o eletrodo positivo). Para fazer tal caminho, eles passam pelo eletrólito e pelo separador — esse último é uma folha fina de plástico que separa os eletrodos. Esse processo libera energia para os componentes da sua máquina, mas resulta na descarga da bateria.
Na hora de recarregar, o processo inverso ocorre. A energia que alimenta a bateria forçará os íons a voltarem para o ânodo, deixando-os prontos para mais um processo de descarga.  Esses processos de ida e de volta dos íons poderiam ser realizado eternamente, porém, alguns íons podem ficar presos nos eletrodos, o que reduz a capacidade da bateria e o tempo de vida.

Remover ou não remover, eis a questão...

Agora, você já tem uma noção de como funciona sua bateria, portanto, vamos responder a grande pergunta. Afinal, posso aumentar a vida útil da bateria removendo-a do notebook? Sim! A bateria tende a durar muito mais quando ela é removida do seu laptop, afinal, a quantidade de ciclos de recarga tende a diminuir. Mas há outros motivos para você realizar esse procedimento.
Primeiro, existe o problema do superaquecimento do computador. O calor é um grande inimigo da bateria, pois ele promove reações químicas, o que pode reduzir a capacidade das células da bateria. Pense que uma bateria já aquece sozinha, caso você deixe-a conectada sem necessidade, o calor proveniente dos demais componentes vai piorar as coisas.
Depois, o mau funcionamento da bateria pode surgir em decorrência de sobrecarga ou de altas tensões. Deixar a bateria carregando sempre é algo desnecessário, ainda mais que ela pode sofrer danos por manter alguns poucos íons realizando o mesmo processo continuamente. Normalmente, os notebooks vêm devidamente regulados para evitar problemas com voltagens, porém, se um regulador falhar, sua bateria pode ser danificada.

Dicas para fazer sua bateria durar mais

  1. Sempre que o notebook estiver ligado à tomada, remova a bateria para evitar danos;
  2. Quando for usar a bateria, evite atingir níveis abaixo de 20%;
  3. Nunca deixe a bateria perder toda a carga;
  4. Recarregue a bateria quando o notebook não estiver em uso;
  5. Quando for usar o notebook somente com a bateria, procure usá-lo em locais bem refrigerados e, de preferência, use acessórios para manter o PC sempre com baixas temperaturas;
Enfim, por mais tecnologia que exista no campo de energia e baterias, parece que os problemas nunca são totalmente solucionados. Esperamos que as dicas tenham sido úteis e que você procure economizar sua bateria. Até uma próxima!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

FBI fecha Megaupload e prende responsáveis pelo site


Site de compartilhamento de arquivos é acusado de facilitar pirataria online de filmes e outros conteúdos

O Federal Bureau of Investigation (FBI) acaba de anunciar que fechou site de compartilhamento de arquivos Megaupload e prendeu quatro executivos responsáveis pela operação do site, sob a acusação de pirataria de conteúdo pela internet. Outros três executivos que estavam envolvidos com o site também serão processados pelo crime. Por enquanto, o site está fora do ar e não há nenhum aviso sobre o motivo.
O MegaUpload, site baseado em Hong Kong, é um dos mais populares sites para compartilhamento de arquivos. Os usuários podem fazer upload de documentos e de arquivos maiores, como vídeos, e permitir que outros internautas baixem o conteúdo de qualquer dispositivo conectado a internet. Muitos internautas à procura de filmes e músicas pirateadas baixam arquivos a partir do site e de outros similares.
De acordo com o FBI, quatro dos sete acusados já estão presos, enquanto aguardam a decisão da Justiça sobre os crimes. Ao mesmo tempo em que os executivos foram presos na Nova Zelândia, agentes do FBI buscaram servidores do MegaUpload em outras localidades e tiraram o serviço do ar. Em diversas ocasiões, os executivos responsáveis pelo serviço já se defenderam contra as acusações de promoção de pirataria. Eles afirmam que a maior parte do tráfego do site é legal.
De acordo com o documento divulgado pelo FBI, os negócios do MegaUpload relacionados a pirataria já renderam mais de US$ 175 milhões. No documento, o FBI chama a empresa de "uma empresa criminosa global que tem membros engajados com lavagem de dinheiro e infrações de direitos autorais em escala massiva."
Pirataria sob a mira do governo americano
A ação acontece um dia após o protesto contra os projetos de lei SOPA (Stop Online Piracy Act) e PIPA (Protect Intellectual Property Act), que devem ser votados nas próximas semanas nos Estados Unidos. Se aprovadas, as novas leis colocarão regras rígidas para o compartilhamento de conteúdo online e dará poderes à Justiça dos EUA para fechar quaisquer sites suspeitos de pirataria na internet.